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sábado, 31 de julho de 2010

“Existe uma lei. A qualidade do você compreende, depende da qualidade da pessoa falando.”

Albert Hofmann




foi um cientista suíço, e mais bem conhecido como o "pai" do LSD.
Quando estava a trabalhar na síntese dos derivados do ácido lisérgico, uma substância que impede o sangramento excessivo após o parto, descobriu acidentalmente os efeitos do LSD quando um traço da substãncia foi absorvido pela pele, de forma não intencional, um pouco desta substância e se viu obrigado a interromper o seu trabalho devido aos sintomas alucinatórios que estava a sentir. Inicialmente, foi utilizado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais.

Hofmann, depois da popularização da droga para fins não medicinais, passou a se referir ao LSD como o seu filho problemático.

O pai do LSD

Por volta das cinco horas da tarde do dia 19 de abril em 1943, Albert Hofmann começou a sentir tonturas. “Ansiedade”, escreveu em seu diário, “distorções visuais, sintomas de paralisia, vontade de rir.” Aí não escreveu mais nada. Hofmann tinha dificuldades para falar. Seu assistente no laboratório estava preocupado. A mulher do químico tinha viajado, não havia carros à disposição para levá-lo para casa – estavam todos em uso no esforço de guerra. Então, foram os dois de bicicleta.

Albert Hofmann tinha 37 anos naquela dia em abril. Hoje, neste 11 de janeiro de 2006, o homem que sintetizou o LSD completa 100. Continua lúcido, faz parte do comitê de notáveis que seleciona os vencedores do Prêmio Nobel, sua maior preocupação é com a falta de cuidados com o meio ambiente. Mas, na época, era um químico em meio de carreira nos Laboratórios Sandoz, em Basiléia, na Suíça.

Quando chegou em casa, ele pediu leite, um antídoto comum para envenenamento por produtos químicos. Bebeu dois litros ao longo da noite. “Um demônio havia me invadido”, escreveu em “LSD, meu filho problema”, livro de 1979. “Ele me possuiu o corpo, a mente, a alma; pulei, gritei tentando me livrar dele, mas então me afundei novamente no sofá, sem o que fazer.” Sua empregada se transformara numa bruxa horrível.

Quando o médico chegou, seu assistente explicou o que ocorrera. Três dias antes, o cientista havia entrado em contato com um concentrado do produto que estava sintetizando, o ácido lisérgico dietilamida. Talvez o ácido tenha tocado seu nariz, ouvido, até mesmo boca: ele é absorvido pelas mucosas. Após o acidente, sentiu uma leve intoxicação e, por umas duas horas, viu um caleidoscópio de intensas imagens coloridas. Intrigado, preparou-se para uma nova experiência com uma dose bastante pequena - 0,25 miligrama. Quando ingeriu a substância no “dia da bicicleta” foi lançado num mundo de terror.

O médico tomou seus sinais vitais e, fora as pupilas dilatadas, não percebeu nada de errado. Era esperar. E o horror passou, substituído por uma sensação agradável. Aí tornaram as cores. “Elas alteravam”, escreveu, “abriam e fechavam sobre si mesmas em círculos e espirais, explodiam em fontes multicoloridas se arranjando num fluxo constante.” No dia seguinte, experimentou o mais gostoso café da manhã de sua vida, os raios do sol da primavera faziam tudo brilhar, seus sentidos estavam num pico de sensibilidade que persistiram até a noite.

A mágica numa floresta suíça

Uma vez, quando ainda era criança, numa manhã de maio e no meio da floresta, Hofmann viveu a experiência que marcaria suas escolhas. Os passarinhos cantavam, o dia estava bonito e aí tudo pareceu muito claro, uma sensação inebriante de felicidade o tomou – ele sentia que não era apenas um observador daquela paisagem, mas fazia parte dela. Ele e tudo em volta eram uma coisa só e a nitidez da constatação, não tanto racional, mas sensorial, como que inebriante, o comoveu. Aí, depois, passou. “Como poderia contar a todos sobre aquilo, e na minha felicidade eu queria contar, se não havia palavras para explicar o que vi?”

Este encantamento o levou para a ciência e, em particular, para a química orgânica, a química de animais, de vegetais, de fungos – a química das coisas vivas. Queria compreender. O LSD nasceu de seus estudos com um fungo de cereais, mais comum nos campos de centeio, chamado ergot. Desde a Idade Média que parteiras ofereciam ergot às grávidas para facilitar o parto, mas apenas nos anos 30 estudos mais sofisticados com o fungo procuraram identificar que substância induzia as contrações uterinas.

Quando Hofmann foi trabalhar com os derivados de ergot, o ácido lisérgico já havia sido isolado dentre os componentes do alcalóide que a Sandoz vendia como remédio para parto. Mas era um ácido muito sensível, instável, qualquer manipulação fazia com que a molécula se quebrasse. O desafio era encontrar alguma outra molécula que, juntada a ele, estabilizasse a fórmula. O químico produziu várias combinações possíveis. A 25a variante, o ácido lisérgico dietilamida, ficou pronta em 1938. Era uma molécula tão parecida estruturalmente com a de alguns estimulantes circulatórios que Hofmann chegou a achar que pudesse ter um novo remédio em mãos. Mas os farmacólogos da Sandoz a testaram em animais e observaram agitação e inquietação. LSD-25 foi posta de lado.

Muitos remédios nasceram daqueles estudos, de remédios para circulação a remédios para combate à debilitação mental em idosos. E, no entanto, o cientista não conseguia esquecer o LSD-25. Por quê? Outras substâncias que compôs foram largadas de presto – por que não aquela? No dia 16 de abril de 1943, repetiu o processo de anos antes para sintetizar novamente uma pequena quantidade de ácido lisérgico dietilamida. Quando estava purificando a substância, cristalizando-a na forma de um sal, veio a sensação de tontura. Tinha tomado os cuidados que sempre tomava no laboratório. Vieram as mandalas.

O ácido vira pop

Nos anos seguintes, o LSD e outros alucinógenos naturais foram pesquisados por cientistas em todo o mundo. Desconfiava-se que, na verdade, simulavam os sintomas psicóticos. Compreender como funcionavam poderia trazer a cura da loucura – não é mais algo em que muitos acreditem. Mas a divulgação de seus efeitos incentivou que outros os procurassem.

“Tomei minha pílula às onze”, escreveu Aldous Huxley em seu “As portas da percepção”, livro de 1954. “Uma hora e meia depois, eu não estava mais olhando para um arranjo de flores. Estava vendo o que Adão viu na manhã de sua criação – o milagre, a existência nua, momento a momento. ‘São bonitas?’ alguém me perguntou. ‘Nem bonitas, nem feias. Simplesmente são’ - respondi.”

Em 1960, um professor de psicologia de Harvard chamado Timothy Leary, que tinha experimentado um alucinógeno apenas alguns meses antes, começou seus próprios experimentos com LSD. Ao longo da década seguinte, Leary foi expulso de Harvard, largou a ciência e se transformou num dos principais inspiradores da cultura hippie – pelo LSD.

Leary e o pai do LSD só foram se conhecer em 1971. “Seria injusto chamá-lo de um apóstolo do uso de drogas”, escreveu Hofmann em suas memórias. “Ele fazia uma distinção clara entre as psicodélicas, de cujo efeito saudável estava convencido, e os outros narcóticos, como heroína. Minha impressão é de que estava convicto de que tinha uma missão. Defendia suas opiniões com humor, mas sem fazer compromissos. Ele realmente acreditava nos formidáveis efeitos dos psicodélicos e subestimava as dificuldades práticas e os perigos do uso.”

Os dois, o pai do LSD e o popularizador do LSD, nunca se entenderam de todo. Entre as coisas que mais incomodavam Hofmann em Leary estava a ligação entre alucinógenos e prazer sexual, tão em voga nos anos 60. Hofmann achava, e ainda acha, que na popularização de seu filho problemático ele foi vulgarizado. Seus delicados efeitos transformaram-se numa estética pop multicolorida, promoveram um encantamento também pop com religiões orientais, mas as portas da percepção que serviram de tema ao poeta William Blake foram abusadas, tratadas sem o respeito devido.

As portas da percepção

Segundo o livro “From chocolate to morphine”, uma enciclopédia de substâncias que alteram a percepção, os psicodélicos todos têm composições diferentes, mas provocam os mesmos efeitos. Mescalina, cogumelos, ervas diversas e o ácido lisérgico variam na quantidade, variam no tempo da viagem, mas o resultado prático é fundamentalmente o mesmo.

O mecanismo fisiológico do LSD ainda é desconhecido. Parece, de alguma forma, ocupar no cérebro os mesmos lugares que a serotonina, mas isto explica pouco. Há várias teorias e, ainda assim, são teorias de um campo sobre o qual se avança lentamente. Mesmo que se conheça o efeito físico-químico no sistema nervoso central, que substâncias coíbe, quais incentiva, onde atua, ainda assim isto será apenas um mapa de causas e efeitos. Como esta sopa química lança o sujeito noutra dimensão é um mistério.

Em alguns casos, aparentemente, viagens de LSD não têm volta. São a exceção. Uma estimativa do governo norte-americano sugere que 8% da população já experimentou ácido e os casos de quem enlouqueceu são raríssimos. Mas acontecem.

O pecado original do Ocidente é grego. Toda a estrutura do pensamento europeu se baseia na idéia de que o homem é um observador do mundo, que é separado de alguma forma. Ele é racional e desconfia de qualquer percepção que não mediada pelo intelecto. É uma ilusão, evidentemente, uma ilusão íntima da qual não nos livramos com facilidade. O homem separado, observador, desenvolveu uma ciência fantástica e esta ciência criou uma droga maldita.

“Havia em mim uma inocência que só posso chamar de pré-natal”, escreveu o poeta mineiro Paulo Mendes Campos sobre sua primeira experiência com a droga de Hofmann. “Mais fundo, muito mais fundo, em minha soma de carne e espírito, nos espaços ilimitados de meu tempo, suspeitei (vislumbrei? rocei? – o verbo é improvável) a presença duma inocência cósmica, e esta se passava tão longe que nem se pode exprimir. Caso ela fosse atingida, caso talvez eu ousasse, seria uma árvore, a relva, a pedra, a mesa; sem dor e sem medo eu me integraria indescritivelmente no cosmos.”

Um após o outro, cada depoimento de uma primeira viagem de ácido ou de outros psicodélicos parece recorrer, sempre, à mesma idéia de integração com o mundo. Uma percepção de fazer parte do todo que remete às lições de Buda, aos koans do Zen, ou à idéia não de uma força, mas de um algo que une todas as coisas tal qual expressa na filosofia chinesa do Tao. É como se as drogas psicodélicas trouxessem, para um ocidental, aquilo que orientais – ou índios americanos – já têm em suas culturas naturalmente. As próprias mandalas indianas ou os dragões chineses remetem às alucinações despertadas pelo LSD e suas primas.

No entanto, não consta que para o monge budista ou o mestre Zen seja necessário o uso de qualquer substância para atingir aquilo que chamam de iluminação. E Albert Hofmann, que hoje completa cem anos e passa bem, é conselheiro do Nobel, um cientista respeitado, não flutua, tampouco atira flechas com os olhos fechados qual mestre japonês. Não dá muito crédito para a cultura psicodélica e vê com desconfiança o consumo de ácido pela juventude – até porque, muito do que se vende como LSD é só anfetamina, não tem nada do original. Ainda assim, ele é a seu modo um místico. Se suas maiores preocupações têm a ver com o meio ambiente é porque acha que o homem se descolou da idéia de que faz parte do todo.

Em geral, quando se conta a história do LSD, diz-se que Albert Hofmann o descobriu por acidente. Talvez não tenha ingerido da primeira vez propositalmente, é verdade. Mas a ingestão em 43 de uma substância que criou em 38 não é um acidente – é uma busca. E, se ao experimentar os efeitos tóxicos de uma superdose após seu passeio de bicicleta ainda assim não a abandonou, é porque, intuitivamente, ele sabia o que tinha encontrado. Sabia porque, numa certa manhã de maio em sua infância, sem ingerir absolutamente nada, encontrou abertas as portas da percepção.

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"Piedra Hongo" maya, procedente de El Salvador, período 300 a.C . -200 d.C. (33.5 cm de altura)


XOCHIPILLI: Dios de las plantas y las flores (Cultura Azteca)

Plantas de Los Dioses - Albert Hofmann, Richard Evans Schultes




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sexta-feira, 30 de julho de 2010

LSD - Problema da Minha Crianca (Albert Hofmann) - E-book



O pai do LSD Albert Hofmann detalha a história de sua “criança problema” e de sua longa e frutífera carreira como um químico de pesquisa. Num sentido real, este livro é a história interior do nascimento da Idade Psicodélica, e não pode ser negado que nós tenhamos aqui um conhecimento altamente sincero e pessoal numa das descobertas científicas mais importantes de nosso tempo, cuja significância ainda hoje recai sobre a humanidade.


Formato: Pdf
Idioma: Português

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Almost Round 3


"A realidade é errada, os sonhos são reais"


"minha musica nao e pra qualquer um . Ela e feita para os soldados das ruas .Nao e uma musica para festas , para dançar , e uma musica espiritual . Minha musica e espiritual"

"Deveria existir uma aula sobre apartheid uma aula sobre o por que as pessoas passarem fome. Mas preferem dar aula de educaçao fisica"

Description for 2Pac Outlawz Still I Rise 1999


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"Amar é saltar numa situação perigosamente viva, sem calcular nada de antemão." (OSHO)


cafe del mar sunset ibiza

quinta-feira, 29 de julho de 2010

[1996] Café del Mar - Volumen Tres





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[1995] Café del Mar - Volumen 2




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Samsara



Samsara (sânscrito-devanagari: perambulação) pode ser descrito como o fluxo incessante de renascimentos através dos mundos.

A libertação do Samsara ocorre quando se atinge a Iluminação, o Nirvana, e para Buda a forma de conseguir isto é meditar e seguir o caminho das 8 vias, ou o caminho óctuplo, que corresponde à quarta nobre verdade do Budismo e consiste em:

* Compreensão Correta: Conhecer as Quatro Nobres Verdades de maneira a entender as coisas como elas realmente são, e com isso gerar uma motivação de querer se liberar de dukkha e ajudar os outros seres a fazerem o mesmo.
* Pensamento Correto. Desenvolver as nobres qualidades da bondade amorosa, não tendo má vontade em relação aos outros, não querendo causar o mal (nem em pensamento), não ser avarento, e em suma, não ser egoísta.
* Fala Correta. Abster-se de mentir, falar em vão, usar palavras ásperas ou caluniosas, e ao invés disso, falar a verdade, ter uma fala construtiva, harmoniosa, conciliadora.
* Ação Correta. Abster-se de matar, roubar, tomar entorpecentes e ter conduta sexual indevida, e ao invés disso, promover a vida, praticar a generosidade e não causar o sofrimento através de práticas sexuais.
* Meio de Vida Correto. Evitar qualquer ocupação que prejudique os demais, tais como tráfico de drogas ou matança de animais, e ao invés disso, olhar os outros com amor, compaixão, alegria e equanimidade, que são as quatro qualidades incomensuráveis, e na prática do dia-a-dia, praticar os seis paramitas da generosidade, ética, paz, esforço, concentração e sabedoria.
* Atenção Correta. Praticar autodisciplina para obter a quietude e atenção da mente, de maneira a evitar estados de mente maléficos e desenvolver estados de mente sãos.
* Sabedoria Correta. Desenvolver completa consciência de todas as ações do corpo, fala e mente para evitar atos insanos, através da contemplação da natureza verdadeira de todas as coisas.
* Visão Correta. Com todos os outros passos realmente realizados internamente, ter uma visão correta em relação ao mundo e à vida, e agindo de acordo com essa visão.
Lembro quando ghori me emprestou a fita em vhs Dirty Handz a destruiçao de paris o melhor video underground sobre graffiti na minha opiniao esse video vai pro ghori!


Bob Marley and The Wailers - Catch a Fire (1973)


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bob Pictures, Images and Photos


as piores loucuras sao as mais sensatas alegrias oq eu fiz hj deixei de herança para aqueles que sonham em ser como eu: louco mais feliz!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Zeitgeist, o Filme




A primeira parte do filme é uma avaliação crítica da religião com principal incidência no cristianismo. O filme sugere que Jesus seja um híbrido literário e astrológico e que a Bíblia trata de uma miscelânea de histórias baseadas em princípios astrológicos pertencentes a civilizações antigas (Egito, especialmente). Um argumento semelhante é apresentado pelo escritor Fernando Vallejo no livro La puta de Babilonia. A atenção do filme se foca inicialmente no movimento do Sol e das estrelas, fato este que é uma das características das religiões "pagãs" (pré-cristãs). É então apresentada uma série de semelhanças entre a história de Jesus e a de Hórus, o "deus Sol" egípcio que partilha de todos os predicados do messias cristão. Há referência sobre o papel de Constantino na formação da Igreja e seus dogmas.

As comparações mostradas no filme sugerem que a história de Jesus foi baseada em várias outras histórias de deuses mais antigos, principalmente, Hórus. Críticas foram proclamadas contra essas afirmações por teólogos, porém com um grau limitado de cientificidade

esta ai pra quem quiser assistir!

Gong - How To Stay Alive video clip

terça-feira, 27 de julho de 2010

buddha




"Não viva no passado, não sonhe com o futuro, concentre a mente no momento presente."